Allianz Parque é uma arena multiuso construída para receber espetáculos, concertos, eventos corporativos e, principalmente, partidas de futebol do Palmeiras, seu proprietário. A nova arena foi construída pela empresa WTorre Properties/Arenas, do Grupo WTorre, onde se localizava o antigo Estádio Palestra Itália, também conhecido popularmente como Parque Antarctica.
A arena conta com um dos mais modernos espaços multiuso do país, e o seu estádio atende às normas da Fifa, se credenciando para receber os torneios esportivos mais relevantes. Com construção iniciada em 2010, foi finalizada em novembro de 2014. Em fevereiro de 2015, o estádio foi eleito, por voto popular, o “estádio do ano de 2014” pelo site inglês “Stadium DataBase”.
O primeiro jogo oficial do Allianz Parque foi realizado no dia 19 de novembro de 2014 entre Palmeiras e Sport, pelo Campeonato Brasileiro de Futebol, com o placar de 0 a 2 para o Sport e presença de 35.939 torcedores. Os primeiros espetáculos realizados no local foram os de Paul McCartney, que se apresentou nos dias 25 e 26 de novembro de 2014.
O sistema proposto se caracteriza pela captação e distribuição de sinais de áudio nos diversos ambientes que compõem o complexo da arena incluindo: subsolo, térreo, pavimentos (1º ao 6º), arquibancadas e estacionamento. Não se limitando apenas as funcionalidades de avisos de emergência, o sistema proposto previu índices de inteligibilidade e pressão sonora adequados garantindo qualidade para reprodução de conteúdo musical, além de versatilidade no zoneamento e monitoramento das áreas sonorizadas.
O sistema de áudio foi desenhado levando-se em consideração algumas premissas pertinentes ao sistema.
Considerando as necessidades do cliente, estabelecemos as diretrizes para o desenvolvimento do projeto de áudio. Resumidamente, o sistema de sonorização deveria contemplar:
Captação:
Fará com que sinais de áudio se tornem entradas para as etapas seguintes. A captação abrange microfones, instrumentos musicais (com captação) e CD/DVD players, além do servidor de áudio que possui conteúdos musicais e também os avisos relacionados ao sistema de avisos de emergência do estádio.
Mixagem:
Para cada fonte de sinal (microfone, DVD player, CDJ etc) haverá um canal do mixer (mesa de som) onde os sinais serão inseridos e tratados (Ganho, Pan, equalização, filtros, delay etc). Esse mixer processa e “soma” todos os canais de entrada e os envia para a próxima etapa denominada processamento/transporte.
Processamento/Transporte:
Nessa etapa temos o que chamamos de “cérebro” do sistema que são os DSPs (Digital Signal Processors – Processadores Digitais de Sinais), onde os conteúdos vindos do mixer e do servidor de áudio são monitorados, recebem um novo processamento de ganho, equalização e compressão. Também é nessa etapa que ocorre a interação do sistema com o usuário, através das interfaces de monitoramento e controle em painéis na tela de um PC. É também através dos DSPs que os sinais de áudio, uma vez convertidos para sinais digitais em um protocolo apropriado, podem ser transportados por uma rede de dados ethernet até outros locais remotos, interconectados pela mesma rede de dados. Nestes locais remotos, que geralmente são salas técnicas contendo outros DSPs e amplificadores, é que se dá a próxima etapa do sistema: a amplificação.
Amplificação:
Nas salas técnicas de amplificação existe um DSP, conectado a mesma rede de dados dos demais equipamentos e os amplificadores de potência. Os amplificadores recebem o sinal vindo da etapa de processamento. No caso específico do projeto do sistema de áudio do Allianz Parque o DSP da sala técnica de amplificadores entrega para os amplificadores um sinal de áudio em formato digital (protocolo BLU-LINK), uma vez que ambos são do mesmo fabricante e são compatíveis para tal finalidade. Já dentro dos amplificadores, que por sua vez possuem funcionalidades de processamento digital, ocorre a conversão dos sinais digitais em sinais analógico e procede-se a etapa de amplificação de potência. Estes sinais amplificados, ou seja, com níveis de tensão elevados o suficiente para poderem excitar os transdutores das caixas acústicas, são enviados através de cabos metálicos de bitola (diâmetro) adequados até os diversos locais onde estão localizados as caixas acústicas e alto-falantes, seja em distribuição de linha de tensão constante (alta impedância), no caso do som ambiente distribuído (interno), ou seja, em linhas de baixa impedância, no caso dos clusters da cobertura (arquibancada). A partir dos transdutores é que se dá a “projeção”, ou seja, propagação de ondas sonoras pelo ar, atingindo assim o público ouvinte.